Isto produz na alma, se for fiel, uma grande desconfiança, desprezo e ódio de si mesma, e uma grande confiança e grande abandono à Santíssima Virgem, sua amável Soberana. Já não se firma, como antes, nas suas disposições, intenções, méritos, virtudes e boas obras. Porque, tendo feito um sacrifício completo a Jesus por intermédio desta boa Mãe, já não tem senão um só tesouro que encerra todos os seus bens e que já não está em suas mãos, e este tesouro é Maria.
Isso é que faz que a alma se aproxime de Nosso Senhor sem escrúpulo nem temor servil, e que ela o invoque com muita confiança. Os seus sentimentos tornam-se semelhantes aos do piedoso e sábio Padre Pupert. Este, fazendo alusão à vitória de Jacó sobre o Anjo (Gn 32, 23-33), dirige à Santíssima Virgem estas palavras: “Ó Maria, minha Princesa e Mãe imaculada de Deus feito homem, Jesus Cristo, eu desejo lutar com este Homem, ou seja, com o Verbo Divino, armado não com os meus próprios méritos, mas com os Vossos”.
Oh! Quão poderoso e forte junto de Jesus Cristo é quem está armado dos méritos e da intercessões da digna Mãe de Deus, que vence amorosamente o Todo-Poderoso, como diz Santo Agostinho!