Esta Devoção à Santíssima Virgem é um caminho seguro para ir a Jesus Cristo e alcançar a perfeição, unindo-nos a Ele.
1º. Porque esta prática de Devoção que ensino não é de modo algum nova. Como afirma M. Boudon, falecido há pouco em odor de santidade, numa obra que escreveu sobre esta Devoção, ela é tão antiga que não se lhe pode marcar com precisão o início. É certo, no entanto, que há mais de 700 anos se encontram vestígios dela na Igreja.
Santo Odilão, abade de Cluny, que viveu cerca do ano de 1040, foi um dos primeiros a praticar publicamente esta Devoção na França, como se vê na sua vida.
O Cardeal Pedro Damião refere que no ano de 1016 o bem-aventurado Marinho, seu irmão, se fez escravo da Santíssima Virgem, na presença do seu diretor e duma maneira muito edificante: pôs uma corda ao pescoço, tomou a disciplina, e colocou sobre o altar uma soma de prata, como sinal da sua dedicação e consagração à Santíssima Virgem. Manteve-se tão fiel a este ato durante toda a vida que mereceu, na hora da morte, ser visitado e consolado pela sua amável Soberana, e receber dos Seus lábios a promessa do paraíso, como recompensa dos seus serviços.
Cesário Bolando faz menção dum ilustre cavaleiro, Valter de Birbak, parente próximo dos duques de Lovaina, que, por volta de 1300, fez esta consagração de si mesmo à Santíssima Virgem.
A mesma Devoção foi praticada por muitos particulares até o século XVII, em que se tornou pública.