Parece-me que posso muito bem comparar os diretores espirituais e as pessoas devotas, que querem formar Jesus Cristo em si ou nos outros por meio de práticas diferentes desta Devoção, a escultores, que confiando no seu engenho, diligência e arte dão uma infinidade de golpes de martelo e cinzel na pedra dura ou num pedaço de madeira mal polida, para dela fazerem uma imagem de Jesus Cristo. E às vezes não conseguem representar Jesus Cristo ao vivo, quer por falta de conhecimento e experiência da pessoa de Jesus, quer por causa de um golpe mal dado, que estragou a obra. Mas, quanto aos que abraçam este segredo de graça que lhes apresento, comparo-os, com razão, a fundidores e moldadores que acharam a Fôrma tão bela de Maria, na qual Jesus Cristo foi natural e divinamente formado. Não confiando na sua própria habilidade, mas unicamente na excelência da Fôrma, lançamse e perdem-se em Maria, para se tornarem o retrato vivo de Jesus Cristo.