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1ª. Estamos num século orgulhoso, em que abundam os sábios soberbos, os espíritos fortes e críticos, que acham o que criticar nas práticas de piedade mais fundadas e mais sólidas. A fim de não lhes fornecer, sem necessidade, um pretexto de crítica, vale mais dizer escravidão de Jesus Cristo em Maria, e dizer-se escravo de Jesus Cristo do que escravo de Maria. Assim denomina-se esta Devoção mais de acordo com o seu fim último, que é Jesus Cristo, do que com o caminho e meio para lá chegar, que é Maria. Apesar disso, podemos, na verdade, usar sem escrúpulos ambas as denominações, como eu mesmo faço. Por exemplo, um homem que vai de Orleans a Tours pelo caminho de Amboise pode muito bem dizer que vai a Amboise, e que vai a Tours; que é viajante para Amboise e para Tours. No entanto, a diferença é que Amboise é apenas o caminho direto para ir a Tours, e que só Tours é o seu fim último e o termo da sua viagem.